dentre todos os meus princípios, talvez este seja o mais importante: a política da honestidade.
a política da honestidade é um combinado que eu tenho comigo mesma e com todas as pessoas que convivo – pessoalmente e profissionalmente. na prática, ela significa: ser verdadeira sempre. o que não significa fazê-lo de qualquer forma.
comprometer-me com a honestidade é coragem e autoconhecimento. é assumir para mim os riscos das minhas mancadas. é também entender porque eu me envergonho de assumí-las – e fazê-lo de todo modo! é entender que as pessoas tem direito à verdade e não privá-las do direito de lidar com a verdade. é entender que eu não sou melhor do que elas para escolher com o que elas são capazes de lidar ou não. é acreditar nas pessoas.
é, acima de tudo, me responsabilizar pela parte que me cabe.
o que isso tem a ver com organização?
este é um princípio pessoal meu. e, para vivê-lo, me organizo.
porque me organizando, tenho mais clareza. com mais clareza, posso ser mais honesta.
porque eu não quero ter vergonha das minhas verdades. e, num determinado momento da minha vida, eu tinha tanta vergonha das minhas verdades que não era capaz de dizê-las. e mentia. e isso me fazia muito mal! porque ia contra o que eu acreditava e queria para mim.
em um outro sentido, entendo que se não somos honestas e nem buscamos honestidade (não umas com as outras, mas com nós mesmas), nossa organização é limitada. sem honestidade, não há espaço para autoconhecimento. sem autoconhecimento, a organização se limita ao uso de instrumental de ferramentas -como utilizar a agenda, por exemplo, para que dois compromissos não sejam marcados no mesmo horário. e só. para mim, como você sabe, a organização é muito mais.