princípios para relacionamentos e rotina

quer texto mais pessoal do que esse? quer algo mais pessoal do que a forma com a qual cada um lida com seus relacionamentos?

pois bem, essa é a minha, e eu não pretendo que a sua seja a mesma.

a minha intenção com esse texto é te fazer refletir – como eu já refleti bastante – sobre como a forma com a qual nos relacionamos com as pessoas afeta o nosso dia a dia.

parece bobeira, mas não é. olha só:

eu mantenho a minha casa arrumada – escrevi em outro texto o quanto isso importa para mim. e eu faço isso para mim e ponto. gosto de receber as pessoas com a minha casa limpa e arrumada? com certeza! mas não deixaria de receber ninguém caso a minha casa estivesse desarrumada ou suja. porque pessoas moram aqui. pessoas que tem vida. a casa é viva e, por isso, não é perfeita.

como isso reflete (ou, em tempos não pandêmicos, refletia) na minha rotina: eu não deixo de fazer coisas que são importantes para mim para preparar a casa para os outros.

inclusive, te convido a pensar sobre o motivo pelo qual você arruma a casa para os outros. as pessoas não podem ver qual é o seu dia a dia? acho estranho. e as pessoas realmente comentam sobre a casa dos outros assim? sei lá. isso me soa como algo que meus parentes fariam – e, talvez por isso, eu não fale com nenhum deles (risos).

este é um outro ponto: eu não mantenho contato com pessoas que me fazem mal. eu não mantenho contato com pessoas que me fazem bem, também – mas essa é uma outra história, para outro ambiente que não este blog, mas o divã. foco: eu não falo com quem me faz mal porque isso afeta o meu dia a dia. isso afeta a minha vida. afeta a minha concentração, o meu trabalho, o meu estudo. afeta o meu ânimo, a minha alegria, o meu ser todinho. então: prefiro, sinceramente, ser mal educada.

tudo isso parte do combo política da honestidade + autoconhecimento. porque eu me conheço e sou honesta sobre o que sinto. e dialogo. não minto. sou clara: evito ficar no instagram porque não me faz bem. não respondo as pessoas de imediato nas redes sociais (nem no instagram, nem no wpp) – a não ser por alguma coincidência. e ser minha amiga significa entender isso. entender que é assim que eu funciono. participar da minha vida só é possível a partir do momento em que se aceita o meu funcionamento.

e não é uma questão de egoísmo – mas de amor próprio. de conhecer meus próprios limites e respeitá-los. não há nada de abstrato aqui: os princípios partem da materialidade cotidiana e a afetam. é isso.

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